quarta-feira, 28 de julho de 2010

Música pode ajudar na aprendizagem de línguas estrangeiras

Estudo norte-americano aponta que aprender música pode melhorar as habilidades cognitivas

Reuters | 23/07/2010 11:23
















Aprender a tocar um instrumento pode mudar o cérebro, de acordo com um artigo científico lançado nos Estados Unidos. E mais: aulas de música podem ajudar a melhorar a fala e a capacidade de se aprender um idioma estrangeiro.

Uma pesquisa da Universidade de Northwestern, nos EUA, cruzou estudos que associam o ensaio musical com a aprendizagem, incluindo a melhora de habilidades na linguagem, fala, atenção, memória e até na emoção vocal.

A pesquisadora Nina Kraus, que coordenou o estudo, declarou que os dados indicam que as conexões neurais criadas durante aulas de música também preparam o cérebro para todos os aspectos da comunicação humana.

“O efeito do ensaio de música mostra que, de forma similar aos benefícios que um exercício traz para o corpo, a música é um recurso que tonifica o cérebro para a linguagem”, disseram os pesquisadores. Kraus explicou que aprender os sons musicais pode fortalecer a habilidade de adaptação e de mudanças do cérebro e também permite que o sistema nervoso crie bases importantes para a aprendizagem.

O estudo, publicado na Nature Reviews Neuroscience, constatou que aprender a tocar um instrumento condiciona o cérebro a escolher o que é relevante em um processo complexo que envolve a leitura da partitura, a memória, os cálculos dos tempos e a coordenação com outros músicos.

“A seletividade cerebral de um músico realça as informações contidas em cada som. É uma ótima relação entre os processos sensoriais e os processos cognitivos. O sistema nervoso dessas pessoas faz associações complexas entre sons e o que eles significam”, diz Kraus. O estudo mostrou que músicos são mais bem sucedidos em incorporar os padrões de sons de um novo idioma do que indivíduos que não são músicos.

De acordo com esta pesquisa, as crianças que recebem aulas de música são melhores em detectar as mudanças de tom na fala, tem um vocabulário mais amplo, além de apresentarem uma capacidade maior de compreensão de textos.

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